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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Crianças com Síndrome de Down dão exemplo de socialização na Bahia



Elas encaram o desafio de estudar em escolas regulares.
Pedagoga aponta benefícios na convivência com crianças sem a síndrome.
12/10/2011 - Ela quer um videogame de presente. Ele tem preferência por carros de brinquedo. Aos 12 e 13 anos, respectivamente, Gabriela e Pedro aguardam a chegada do Dia das Crianças, nesta quarta-feira (12), como qualquer outro jovem da mesma idade. Os filhos de Dona Lenalva e Dona Graça nasceram com Síndrome de Down e, mesmo com a deficiência intelectual, frequentam um colégio regular em Salvador.

“Ele não tem nenhum tipo de privilégio por ser especial. A única diferença para os outros alunos é que a avaliação dele exige um pouco menos, dentro das limitações dele”, conta orgulhosa a mãe de Pedro. Para ajudar no aprendizado do filho, Maria Lenalva contratou uma professora particular para dar um reforço escolar ao garoto, que irá concluir o 4º ano fundamental no final de 2011. “Assim como qualquer outra criança, meu filho precisa de acompanhamento para se desenvolver melhor na escola”, diz Dona Lenalva.

Para a pedagoga e especialista em desvios do desenvolvimento Ana Beatriz, ao estudar em uma escola regular a criança com Down aprende a se comunicar melhor, amplia o vocabulário e imita o comportamento social das outras crianças, além de ser capaz de assimilar os conteúdos que a instituição ensina. “Com um trabalho paciente e competente dos professores, elas podem sim aprender a ler, escrever, contar”, relata a pedagoga. “Elas precisam e querem ir à escola, parques, festas de aniversário. Elas aprendem a conviver convivendo. A síndrome não impede a criança de se comunicar, fazer amigos, muito menos de se comportar como qualquer outra de sua idade”, complementa.

Amigo de todos e considerado um aluno exemplar, Pedro desperta a atenção dos professores quando o assunto é determinação. “A maior qualidade dele é o aceitar, ele não se vê como down. A persistência e interesse dele é que faz com que ele se desenvolva cada vez mais”, conta, orgulhosa, a professora Lucimare de Jesus. “Nossa relação é normal, ele é muito engraçado, esforçado e tem muitos amigos”, avalia Matheus Diniz, de 11 anos, um dos colegas de sala de Pedro. Ao ser perguntado do que mais gosta na escola, a resposta de Pedro é imediata: estudar. Além da paixão pelos estudos, o garoto também compartilha uma paixão nacional, o futebol. Para o Dia das Crianças, uma boa 'pelada' está entre os planos do jovem.

Socialização

“Ela é igual a todo mundo, brincamos todos juntos, principalmente de pega-pega”, conta Filipe Rodrigues. A declaração do jovem de apenas 7 anos, colega de turma de Gabriela Trindade, mostra a interação entre as crianças que possuem e as que não possuem a síndrome. “Inclusão é adaptar a proposta para a criança, independente da deficiência”, diz Caroline Vanessa, coordenadora da instituição de ensino que Gabriela e Pedro estudam.

Aluna da 2ª série do ensino fundamental, Gabriela revela que adora brincar com os colegas no intervalo, e, na hora de estudar, a leitura está entre as atividades que mais gosta. Quando fala de futuro, ela manifesta um desejo comum a outros jovens da mesma idade. “Quero ser atriz. Vou trabalhar na televisão”, conta, eufórica.

Para a coordenadora da escola, a filha de Graça Ferreira e Cézar Trindade obteve uma evolução social e intelectual significativa em 2011. “Quando ela começou a realizar atividades em grupo, percebeu a importância do outro e o trabalho melhorou bastante”, destaca.

Segundo a pedagoga Ana Beatriz, quanto mais cedo as crianças com Down convivem com outras sem a síndrome mais naturalmente todos lidam com a situação. “Crianças não trazem preconceitos nem estereótipos, querem apenas brincar e se divertir. Crianças com Down são, sobretudo, crianças”, conclui a especialista.

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